Resenha: O homem de lata
Livro: O Homem de lata
Autora: Sarah Winman
Editora: Faro Editorial
Páginas: 160 páginas
Nota: ★★★★
Sinopse: Eu sabia que estava
perdendo o controle do meu coração. Estava apaixonado. E era o homem mais feliz
da terra.” O mágico de oz em 1963, Ellis e Michael eram dois garotos de doze
anos que se tornaram grandes amigos. Durante muito tempo, sempre foram apenas os
dois, andando pelas ruas de Oxford, um ensinando ao outro coisas como nadar,
descobrir autores e livros e a esquivar-se dos punhos de seus pais dominadores.
Até que um dia algo muito maior que uma grande amizade cresce entre eles. Mas
então, avançamos cerca de uma década nesta história e encontramos Ellis, agora
casado com Annie, e Michael não está mais por perto. O que leva à pergunta: o
que aconteceu nos anos que se seguiram? Esta é quase uma história de amor. Mas
seria muito simples defini-la assim
Confesso que comprei esse livro por impulso nas
minhas férias, pois estava em promoção na saraiva, todo os livros da editora
Faro, estavam pela bagatela de 9,90 ... gostei da capa, gostei da sinopse e
resolvi arriscar.
No começo da história, vemos claramente o
machismo reinando na época de 1950, quando Dora Judd ganha em um sorteio a
possibilidade de escolher entre uma garrafa de whisky ou um quadro de girassóis
(que traz a referência do quadro de Van Gogh), com isso quando chega em casa
com seu ‘marido’, ele parte para cima do quadro, pois ficou emputecido por sua
esposa não ter escolhido a garrafa de whisky para ele ... ridículo no mínimo,
porém esse fato vai ser lembrado em toda o enredo dessa história.
E então demos um pulo para o ano de 1996. Onde conhecemos
Ellis um homem devastador por perdas, então é um ser humano, triste, solitário
e totalmente sem rumo, vivendo um dia por vez, mas naquela miséria de não ser
feliz em nada do que fez e vive no passado.
Então conhecemos a história de Michael em como
ele entrou na vida de Ellis, transformando todo cinza na vida de Ellis em um arco-íris,
aí você me perguntam ... É até difícil de se resenhar sem entregar as surpresas
do porquê do rompimento dessa amizade dos dois, e do porquê que o começo do
livro foi na época de 1950 e até mesmo o quadro de girassol tem a haver com
tudo isso.
É um romance intimista, e por trazer tão poucas
páginas, não te ‘enrola’, e com isso faz que a cada revelação você precisa parar, pensar e entender e te
faz questionar o que é realmente ser feliz e o que faz você ser feliz, para uns
um sorriso é suficiente, para outros ter milhares de reais na conta, isso é
felicidade.
Recomendo essa leitura, mas leia sem pretensão
e com o coração aberto, tenho certeza que se eu ler esse livro daqui a alguns
anos, o sentimento que eu tive de lê-lo, vai ser diferente no futuro.
E você, tá lendo?
Interessante! Ótima resenha!
ResponderExcluirÉ intrigante como de alguma forma a sociedade em que vivemos e o seu peso em nós influencia na sensação ao ler um livro não? Esse tipo de obra costuma agregar ângulos novos aos nossos pontos de vista, parece muito bom.
ResponderExcluirQuero ler esse livro. Sua resenha mostrou o quanto esse livro é delicado e emocionante e já coloquei ele na minha lista!
ResponderExcluirBeijos,
FooDicas
Fiquei curiosa para ligar os pontos... nessa semana estou a ler "em teu ventre" de josé luis peixoto. na verdade, é uma releitura porque devorei da outra vez e agora, resolvi ir com calma, em pequenos goles. rs
ResponderExcluirbacio
Eu já conhecia essa obra, mas ainda não tive a oportunidade de ler, mas espero fazer isso em breve, pois é uma história que aguçou demais minha curiosidade com sua história e pretendo ler em breve. Excelente dica.
ResponderExcluirOi, meninas! Eu adorei a proposta que vocês nos trouxeram com esse livro! Um livro de uma leitura bem rapidinha e com uma história que nos passa uma mensagem, um conteúdo. E é da Faro Editorial! Adoro os materiais deles! Lerei com um grupo de colegas, agora em novembro, o "Vozes do Joelma", também da editora! Bjs
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