Resenha - Aos Perdidos com Amor
Livro: Aos Perdidos com Amor.
Autor: Brigid Kemmerer
Editora: Plataforma 21
Páginas:450
Sinopse: Juliet Young sempre escreveu cartas para sua mãe. Mesmo depois da morte
dela, continua escrevendo – e as deixa no cemitério. É a única coisa que
tem ajudado a jovem a não se perder de si mesma. Já Declan Murphy é o
típico rebelde. O cara da escola de quem sempre desconfiam que fará algo
errado, ou até ilegal. O que poucos sabem é que, apesar da aparência
durona, ele se sente perdido. Enquanto cumpre pena prestando serviço
comunitário no cemitério local, vive assombrado por fantasmas do
passado. Um dia, Declan encontra uma carta anônima em um túmulo e
reconhece a dor presente nela. Assim, começa a se corresponder com uma
desconhecida... exceto por um detalhe: Juliet e Declan não são completos
desconhecidos um do outro. Eles estudam na mesma escola, porém são tão
diferentes que sempre se repeliram. E agora, sem saber, trocam os
segredos mais íntimos. Mas, aos poucos, a vida real começa a interferir
no universo particular das confidências. E isso pode separá-los ou
uni-los para sempre. Entre cartas, e-mails e relatos, Brigid Kemmerer
constrói uma trama intensa, repleta de descobertas e narrada sob o ponto
de vista dos dois personagens. Uma história de amor moderna de
arrebatar o coração.
Acreditem esse foi o único livro da minha lista para bienal que comprei, lógico que comprei outros, mas, esse estava na minha lista há um tempinho. E que livro maravilhoso!
Não é uma leitura fácil, sentimentos diversos estiveram presente durante a leitura...Raiva, amor e ódio tudo misturado...Sensação de impotência, de culpa vão fazer parte da leitura...
"...as vezes voce chega a um ponto em que dói demais, tanto que você quer fazer qualquer coisa para se livrar da dor. Mesmo que essa coisa venha a machucar outra pessoa." Pág. 106
Vamos acompanhar o dia a dia de dois adolescente que sofreram uma perda terrível...Nada os preparou para o que estava por vir, quando temos alguém doente na família, e sabemos que as chances de recuperação são mínimas, por mais doloroso que possa ser, e é, vamos nos preparando para a despedida...Agora quando o destino, simplesmente resolve tirar de você algo, sem aviso, o "baque" é muito maior...Ninguém consegue entender a dor, e muitas vezes, quem esta sofrendo não consegue olhar para frente e ver que alguém também está sofrendo por ver o seu sofrimento, não consegue perceber que esse alguém quer apenas sentar ao seu lado, não há como fazer o outro parar de sofrer, mas, conseguir perceber que você não estão sozinho dá um tremendo alivio e força para você começar a se reerguer... Outras vezes, realmente, não temos ninguém ao nosso lado, o levantar é mais difícil, mas, não impossível...É necessário deixar o orgulho de lado e dizer: "Ei, estou aqui!"
Juliet perdeu a mãe e ainda não conseguiu superar...Como antes escreviam cartas, pois, o trabalho de sua mãe exigia viagens constantes. mesmo após a morte de sua mãe Juliet continua escrevendo e leva essas cartas no cemitério..Isso acontece diariamente...Ela frequenta uma escola, ela tem amigos, um pai, mas, está completamente perdida e ninguém sabe ou consegue ajudar...
O outro adolescente é Declan que também sofreu uma grande perda e sente-se responsável pelo o que aconteceu...Sem saber como lidar com isso Declan resolve se esconder atrás da fama de bad boy, um garoto problema, que não consegue encontrar apoio nem dentro da sua própria família, pois essa, também se encontra em pedaços...Todos gritando por ajuda, mas, ao mesmo tempo, todos surdos e mudos, mergulhados na sua própria dor, no seu próprio mundo...
O livro é narrado em primeira pessoa, ora vamos "ouvir" Juliet, ora Declan...E ambos conseguiram através de trocas de carta, sim, eles vão trocar cartas, abafar um pouco o sofrimento de cada um...
Engraçado como o fato de serem estranhos vão possibilitar que se abram um com o outro, pois, um não conhece o outro... Não existe julgamento, eles não precisam temer... Deveríamos ter coragem de falar com um amigo, mas, temos medo do que vão pensar...E é ai que nos calamos...
Durante a leitura, o sofrimento de ambos é palpável...
"...O silencio machuca os meus ouvidos e me dá tempo demais para pensar." Pág. 23E o amadurecimento perceptível...
"...Quando tudo ao seu redor está perdido, só há um caminho a seguir: para a frente." Pág.65E você, tá lendo?
Que livro intenso e eu gosto dessa forma epistolar.
ResponderExcluirRealmente, às vezes é mais fácil se abrir com alguém que não conhecemos.
Pareceu ser um livro muito emocionante, vou anotar para ler depois.
bjs
Oi Conduta Literária é um livro intenso...E ao mesmo tempo é possível ler em uma noite...
ExcluirAbraços