Dica de Passeio

abril 15, 2023

Dica de Passeio

Em um dos primeiros posts do ano, falei que iria trazer alguns posts diferentes, um pouco mais dos meus dias e das minhas experiências como leitora...

Várias ideias foram surgindo e sendo anotadas no meu caderninho, rs...Resolvi tirar pelo menos uma do papel e compartilhar com vocês alguns passeios que tenho feito e que sim combinam com a proposta do blog...

No dia 25 de março fui conhecer a Vila Itororó localizada na rua Maestro Cardim, 60, Bela Vista, São Paulo. A vila foi construída em 1920 e fico imaginando as histórias que por ali passaram...As mulheres na calçada conversando, as crianças correndo, mas, hoje ela é um patrimônio histórico, e foi desocupada em 2013...

Passou por um processo de resgate e reconstrução e foi "entregue" ao publico em 2021!

A Vila Itororó teve um dono!

Francisco de Castro, nasceu em Guaratinguetá, era conhecido como o português e sim era filho de portugueses e entre idas e vindas ao Brasil, nasceu a Vila Itororó... Acredita-se que a vila originou da compra de um lote de terras, na época com a cidade crescendo em ritmo acelerado, a compra de lote para criação de moradias para alugueis era uma atividade bem lucrativa.. E por que este nome? Na época da construção, o Riacho Itororó passava por ali, daí o nome da vila.

Castro além de proprietário também foi o construtor e chegou a morar na Vila!

Início da construção do Palacete da Vila Itororó (Foto: Acervo Milu Leite)

O Palacete

O Palecete era rodeado por um jardim, imagino que na época era lindo e exuberante e trazia até piscina...E lógico aconteceram muitas festas...

A piscina

Castro morre e outra pessoa assume a vila, começam as mudanças...

Fato é que o passeio vai muito além, é como se as paredes quisessem contar a sua história!!!

Fui no domingo de manhã, estava tudo vazio...

Vi no site que existe uma programação cultural, oficinas, mas, achei que poderia tudo ser mais explorados...

As salas podiam abrigar cafés, artesanato local...

Um cafezinho nessas mesinhas!!! Jogar conversa fora...

Nessa sala ficaria horas sentada e olhando todos os livros...Na TV a história do local vai passando...

Todas as salas estavam vazias, várias trancadas...

E lógico além de ir e conhecer esse lugar mágico, você também pode ler:

O patrimônio não existe. Com essa provocação, este livro nos leva a conhecer a história na qual a Vila Itororó foi reconhecida como patrimônio cultural. Conjunto arquitetônico do início do século XX, sua construção em etapas e seu constante estado de mutação traduzem, na materialidade, as disputas em torno dos seus significados e usos possíveis. A moradia sempre foi seu uso principal. Sua entrada na agenda preservacionista, no entanto, levou técnicos e especialistas a demandaram “usos mais nobres” para o espaço. A análise do processo de patrimonialização da Vila permite vislumbrar as transformações e permanências por que passou o campo da preservação cultural em São Paulo. Ela aponta, também, para a necessidade de pensarmos em políticas preservacionistas que sejam intersetoriais e multidisciplinares. A demanda por uma abordagem integral do patrimônio cultural, que abrace o cotidiano, a preservação social e sua intersecção com a cidade, é urgente. Afinal, o patrimônio só existe quando nos relacionamos com ele...