Resenha - Assassinato no Expresso do Oriente

[LEITURA COLETIVA - CANTINHO DA IMAGINAÇÃO - SETEMBRO ]


Título: Assassinato no expresso do Oriente

Autor(a): Agatha Christie

Capa comum: 224 páginas

Editora: Nova Fronteira 

Ano: 2009

Idioma: Português

ISBN : 978-85-209-2354-2


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Sinopse: Pouco depois da meia-noite, uma tempestade de neve pára o Expresso do Oriente nos trilhos. O luxuoso trem está surpreendentemente cheio para essa época do ano. Mas, na manhã seguinte, há um passageiro a menos. Um americano é encontrado morto em sua cabina, com doze facadas, e a porta estava trancada por dentro. Pistas falsas são colocadas no caminho de Hercule Poirot para tentar mantê-lo fora de cena, mas, num dramático desenlace, ele apresenta não uma, mas duas soluções para o crime.


A leitura coletiva do mês de Setembro foi Assassinato no Expresso do Oriente, não tem como começar esta resenha, sem antes falar desta autora, mulher que esteve sempre a frente de seu tempo, e presenteou várias gerações com suas histórias. Agatha está em terceiro lugar entre os autores que mais editou livros, merece uma salva de palmas, escreveu mais de 80 livros fora os contos publicados, famosa no gênero investigativo, criou tramas surpreendentes e de tirar o fôlego do leitor, suas obras, juntas, venderam cerca de quatro bilhões de cópias ao longo dos séculos XX e XXI. Particularmente já havia ouvido falar dos livros da Agatha, mas nunca tinha dado oportunidade de ler, e foi graças ao desafio da leitura coletiva do mês de Setembro, que tive a oportunidade de conhecer um dos livros da autora. Talvez não tenha sido a melhor escolha, mas não posso negar a riqueza e criatividade da autora.

O Assassinato no Expresso do Oriente conta mais uma trama que o detetive H. Poirot, se vê envolvido, em busca da elucidação para o crime.

Um assassinato ocorre, logo após a meia-noite, durante uma forte tempestade de neve. Com o trem totalmente lotado, o detetive Poirot havia conseguido uma vaga, em nome da amizade com o diretor da Companhia, mas, em uma manhã, onde o trem não pode seguir o seu caminho, um passageiro foi eliminado, um assassinato ocorreu, quem o matou? Todos inocentes e todos culpados!!! O americano foi encontrado morto, esfaqueado 12 vezes, em sua cabine com a porta trancada por dentro.

A partir daí nos vemos envolvido em uma trama de investigação, minuciosamente elaborada, mediante interrogatórios simples e objetivos, de uma abordagem eficaz, considerando a personalidade de cada passageiro, o detetive traça um fio condutor que nos leva ao surpreendente resultado. Com uma trama bem arquitetada, a cada capítulo, a cada entrevista é apresentado ao leitor elos que podem absolver ou condenar qualquer um.

Como foi meu primeiro contato com a escrita da autora senti falta dos elementos tão usados pelos autores atuais, as voltas mirabolantes, entre outros recursos. Mesmo assim Agatha conseguiu me prender e deixar curiosa quanto a solução do crime. Deixou em mim marcas sobre a questão moral, sabiamente abordada no contexto. Até que ponto seria vingança, justiça ou justiceiro. Temos nós este poder?

O livro é narrado com capítulos curtos, entretanto não são de rápida leitura, pois testa nossa atenção. A divisão em três partes contribui para que o leitor não fique tão perdido, a medida que a leitura transcorre o leitor continua em busca da solução.

Mesmo sendo um livro escrito há mais ou menos um século, não apresenta uma narrativa rebuscada, ou seja, não somos apresentado a uma narrativa de difícil compreensão, pelo contrário temos uma linguagem simples, preciso dizer, que achava que não seria, isto me surpreendeu bastante.

A autora descreve os personagens e os cenários com muita propriedade, senti falta dela ter contextualizado um pouco o detetive, talvez, na época não fosse necessário, por ser o detetive já conhecido dos leitores, pra mim que foi o primeiro livro que li, senti falta de um pouco de representatividade deste personagem, dificultando um pouco a minha ligação com ele, talvez um resgate de algum caso solucionado. Acredito, que para os leitores da época realmente não fosse necessário.


Este crime não é tão simples, temos presente um dilema moral, onde Poirot ao apresentar as duas possíveis conclusões do crime, deixa o leitor também em um embate. Se fosse você????

Terminei o livro boquiaberta, embora não tenha tido aquela emoção excruciante ao ler.

O final foi realmente DEMAIS, chegamos ao fim e vemos que todas as pistas foram escritas, não teve um coelho para tirar da cartola, estavam lá todos os dados, e a Agatha em um golpe de mestre desnuda os nossos olhos e nos surpreende. 

Não me apaixonei, mesmo assim fiquei encantada com a maestria da Rainha do Crime, e pretendo ler outros livros dela.

Logo entrará em cartaz a adaptação para as telonas, quero estar lá para assistir e conferir, vi alguns trailers que atiçaram minha curiosidade. 

#Ansiosa       #AguardandoOFilme     #Telonas




Queds Carvalho

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