Resenha - Sejamos todos feministas


Livro: Sejamos todos feministas
Autora: Chimamanda Ngozi Adiche
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 63 páginas
Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐

Sinopse: A questão de gênero é importante em qualquer canto do mundo. É importante que comecemos a planejar e sonhar um mundo diferente. Um mundo mais justo. Um mundo de homens mais felizes e mulheres mais felizes, mais autênticos consigo mesmos. E é assim que devemos começar: precisamos criar nossas filhas de uma maneira diferente. Também precisamos criar nossos filhos de uma maneira diferente."

Chimamanda Ngozi Adichie ainda se lembra exatamente da primeira vez em que a chamaram de feminista. Foi durante uma discussão com seu amigo de infância Okoloma. "Não era um elogio. Percebi pelo tom da voz dele; era como se dissesse: 'Você apoia o terrorismo!'". Apesar do tom de desaprovação de Okoloma, Adichie abraçou o termo e — em resposta àqueles que lhe diziam que feministas são infelizes porque nunca se casaram, que são "anti-africanas", que odeiam homens e maquiagem — começou a se intitular uma "feminista feliz e africana que não odeia homens, e que gosta de usar batom e salto alto para si mesma, e não para os homens".

Neste ensaio agudo, sagaz e revelador, Adichie parte de sua experiência pessoal de mulher e nigeriana para pensar o que ainda precisa ser feito de modo que as meninas não anulem mais sua personalidade para ser como esperam que sejam, e os meninos se sintam livres para crescer sem ter que se enquadrar nos estereótipos de masculinidade.

Esse é o tipo de livro que eu sempre vou recomendar para que todos leiam, seja você, homem, mulher, novo ou velho. Esse livro foi escrito como base de uma palestra que a Chimamanda deu e cativou milhares de pessoas.

O livro é bem curtinho, mas em cada página trás uma reflexão absurda sobre o que vivemos diariamente. O livro é um diário aberto da vivência da autora nigeriana dos impactos causados devido a desigualdade de gênero.

É tão complexo escrever sobre esse livro que ao mesmo tempo que é tão fininho (páginas) mas é tão impactante, a autora relata principalmente sobre os fatos que ela presenciou sobre o país de sua origem a Nigéria.

Ela relata que desde pequenas as meninas são ‘forjadas’ a acreditar que o casamento é a ponte de sua salvação, como se fosse a maior realização de uma mulher, ela ser casada., que as mulheres nasceram para servir o homem, porem jamais ultrapassa-los no que diz a respeito ao sucesso profissional e financeiro, outro ponto fortíssimo relatado é que até pouco tempo atrás as mulheres da Nigéria eram sujeitas a mutilação genital feminina, era uma prova que a mulher era ‘pura’ e essa mutilação era presenciada por alguns membros da família.

Podemos ver que os homens desde o seu nascimento é uma criação tóxica, eles são colocados em provas o tempo todo, e se algo deixasse um pouco mais fragilizado, o homem era exposto como um incapaz e até coisa pior.

"Sim, existe um problema de gênero ainda hoje e temos que resolvê-lo, temos que melhorar'. Todos nós, mulheres e homens, temos que melhorar." .

Logico que o dano causado a população feminina é o dobro de pior, por tudo que as mulheres precisam passar, mas os homens também são postos a provas. E neste livro narra exatamente isso.

A autora nos propõe a (re)pensar nossas atitudes e o modo que criamos as nossas crianças, independente do país de origem, precisamos/necessitamos aprender e a educar a todos sobre a relação igualitária entre os gêneros.

Eu irei recomendar a todos a leitura desse livro, que é de fácil compreensão e didático e que todo mundo deveria ler ao menos uma vez na vida e mais uma vez (re)pensar em suas atitudes.

E você, tá lendo?

Comentários

  1. Olá Ale,
    Adorei a forma que ela se intitula. Eu definitivamente preciso ler esse livro o quanto antes.

    Beijo!
    www.amorpelaspaginas.com

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