Resenha# 01 - As Vitoriosas

 

Livro: As Vitoriosas

Autor: Laetitia Colombani

Páginas: 222

Editora: Intrínseca 







Que livro sensacional! Já imaginava que iria gostar, pois, li A Trança da mesma autora e foi uma das minhas melhores leituras de 2021!

As Vitoriosas me levaram a ver um outro mundo, um mundo que esta sempre nas sombras, que raramente olhamos e quando olhamos somos rápidos em desviar o olhar, mas, que existe e acredito que sempre existirá, mesmo que existam mil Branche, mil Solène, nunca se extinguirá, pois, o ser humano é egoísta, muitos de nós aplaudimos o Beija-Flor mas somos incapazes de agir!


 "Tempo, é isso que as associações pedem. Sem dúvida o que há de mais difícil a se doar em uma sociedade em que cada segundo conta." Página 20

Não há apenas uma história sendo narrada, aqui vamos conhecer histórias presentes no dia a dia, pessoas que encontramos e fingimos não ver, histórias de amor, de perdão, de luta, de renuncia... O livro mistura realidade e ficção...Eu diria que é pura realidade!

Solène é uma advogada com uma carreira sólida, mora em um belíssimo apartamento, frequenta ótimos restaurantes, enfim, uma vida perfeita...SQN!!! Bem materiais não significam felicidade, embora, vamos ser sinceros, ajuda bastante, mas, a vida de Solène  é morna.

"...Ter uma carreira é maravilhoso, mas ela não aquece nossos pés à noite. Os pés de Solène estão gelados. O coração também está."


Sua vida esta prestes a mudar, não posso falar o motivo, mas Solène, ficará perdida, literalmente no fundo do poço...

"Para ser amada, ela se tornara o que esperavam que fosse. Conformara-se aos desejos dos outros, negando os proprios. No caminho, perdera-se." Página 83

Paralela a história de Solène, vamos conhecer  Blanche Peyron (1867-1933), uma história verídica, considerada  figura-chave do ativismo francês do início do século XX,  fortaleceu a atuação do Exército de Salvação na França Uma história de luta e de amor...


Blanche Peyron foi a criadora, idealizadora do Palais de La Femme, um abrigo, refugio para as mulheres, que por tantos motivos deixam seus lares e acabam nas ruas de Paris. Esse abrigo ainda existe nos dias de hoje e continua com o mesmo proposito. Uma mulher muito a frente do seu tempo, que aprendeu a andar de bicicleta quando isso era negado as mulheres, assim como usar calça comprida...

Le Palais de la Femme en 1920


Le Palais de la Femme en 2023


O que será que essas duas mulheres tem em comum?

Impossível ler e não se emocionar!

E você Tá Lendo?

Esse post faz parte do B.E.D.A e lógico não estou sozinha!!!

📚Catarina voltou a escrever

📚 Mãe Literatura

📚Leitor dos Sonhos

📚Obdulio

📚Roseli Pedroso

📚Dose de Poesia

📚Brenda da Silva


Comentários

Postagens mais visitadas