Resenha - Mrs. Dalloway
Livro: Mrs Dalloway
Autora: Viriginia Wolf
Editora: L&PM Pocket
Páginas: 159 páginas
Nota: ★★★★
Sinopse: Iniciando com o ponto de vista de Clarissa, "Mrs. Dalloway" – publicado pela primeira vez em 1925 – inova a arte romanesca de forma a um só tempo delicada e radical ao alternar o foco narrativo de um personagem para outro e ao lançar mão do fluxo de consciência como maneira de acompanhar seus sentimentos, suas sensações e suas reflexões. Passado num só dia, o romance é rico em flashbacks e flashforwards, misturando, além disso, discurso direto e discurso indireto livre. Com Mrs. Dalloway, Virginia Woolf (1882-1941) comprovou que ações corriqueiras, cotidianas – como comprar flores –, podem ser tema de grande arte, e que a vida e a morte acompanham todos os momentos da existência humana.
Sempre ouvi falar da autora Virginia Wolf, mas nunca tinha lido nada até que um dia olhando meus e-books eu vejo o que eu tenho esse livro e resolvi me aventurar. O enredo, aparentemente simples, conta um dia na vida de uma senhora, uma dona de casa rica que dará uma festa a noite e percorre as ruas londrinas cuidando dos preparativos para o evento. Mas o que a autora faz é nos traz algo diferente, pois os elementos presentes na história não se resumem ao cotidiano da personagem principal ou ao que ela vê nas ruas de Londres. Sim é uma leitura complexa. Confesso que talvez nesse momento eu não tenha gostado tanto como se daqui a 3 ou 5 anos eu fosse reler esse livro e possa amá-lo e devora-lo em menos de 3 dias ... como não foi esse o caso, confesso que demorei quase 10 dias para ler 159 páginas ...
Confesso que diversos momentos eu senti falta
de uma observação da autora sobre os lugares, pois se você não for uma pessoa
que conheça a Inglaterra bem provável se perder nas descrições dos lugares onde
a protagonista Clarissa passa. Falando nela ...
Clarice Dalloway, uma dama de Westminster, esposa de um parlamentar conservador. Ela não é detentora de grandes habilidades, além de dar festas, e é mãe de uma jovem de 17 anos. Mas se depara com eventos e pessoas do passado que a levam a refletir sobre seu momento presente e é nessa hora que somos levados para o psicológico da personagem, onde ela analisa como seria sua vida se suas escolhas tivessem sido outras, será que estaria casada com o tal político? Será que seria mãe? Como viveria nessa Londres dos anos 20 no período pós-guerra?
Woolf (1882-1941) é uma das escritoras
fundadoras do movimento conhecido como modernismo inglês. Em seus trabalhos
podemos perceber uma crítica a sociedade patriarcal. Neste romance específico,
há a temática centrada na condição feminina, entre a qual se destacam a
opressão sexual e a construção social da identidade feminina. Ao olharmos para
a personagem principal, podemos ver uma mulher que, ao se casar, larga seus
sonhos para se tornar uma “boa esposa”, uma “boa anfitriã”. Mrs. Dalloway
retrata a Inglaterra do começo do século XX e a relação de opressão entre o
homem e a mulher, assim a autora critica a moral da época ao colocá-la como
algo absurdo e nos levar a empatia pela protagonista, uma mulher num mundo
machista, e que se encaixa nele, questionando sua vida e a sociedade que a
cerca. Podemos entender o que levou este livro a receber tantas críticas
negativas quando foi lançada, afinal, vai contra a moral vitoriana vigente na
época. (Fonte: Wikipedia).
E você, tá lendo?
Gostei de saber suas considerações sobre este livro da autora, eu senti algo meio parecido, mas com um outro. A narrativa não foi muito fácil para mim e acho que aquele não foi o momento. Pretendo em algum momento ler algum outro dela.
ResponderExcluirbjs
Li essa obra na faculdade e gostei demais. É uma história emotiva, mas ao mesmo tempo surpreendente. Recomendo para todos.
ResponderExcluirTive a chance de ler esse livro ano passado em uma leitura coletiva e foi uma experiência incrível! Me apaixonei pelo estilo de escrita da Virgínia Woolf e desde então tenho lido muitos livros no formato de fluxo de consciência. Quero muito ler outras obras da autora!
ResponderExcluirEu sempre achei curioso o interesse que esse conto de Virginia Woolf despertou. Não é o meu favorito dela. Li e o fato de se passar o tempo todo ao redor da personagem principal me deixa um pouco desconfortável. Mas está no olhar dela pela cidade o que me interessa. Acho que não precisa conhecer Londres e sim deixar que a personagem apresente a cidade que ela enxerga.
ResponderExcluirMesmo assim, não é o meu favorito. Prefiro Orlando e Noite e Dia...
bacio