Resenha Capitães da Areia
Livro: Capitães da Areia
Autor: Jorge Amado
Editora: Record
Páginas: 235
Sinopse: Publicado em 1937, pouco depois de implantado o Estado Novo, este livro teve a primeira edição apreendida e exemplares queimados em praça pública de Salvador por autoridades da ditadura. Em 1940, marcou época na vida literária brasileira, com nova edição, e a partir daí, sucederam-se as edições nacionais e em idiomas estrangeiros. A obra teve também adaptações para o rádio, teatro e cinema. Documento sobre a vida dos meninos abandonados nas ruas de Salvador, Jorge Amado a descreve em páginas carregadas de beleza, dramaticidade e lirismo. (Sinopse retirada do Skoob)
Outro grande livro do nosso querido Jorge Amado...
Aqui vamos ter retratado a história de meninos de rua. Bem, sabemos como eles vivem, e como moram, mas, Jorge Amado trás em detalhes a vida desses meninos de uma forma poética...
Vamos conhecer os meninos através de reportagens do jornal local e paralelo aos acontecimentos, iremos "espiar" individualmente a gangue, composta por meninos que moram em um trapiche abandonado e são apontados pelos jornais como os Capitães da Areia. No trapiche, encontram o que sempre sonharam, o que sempre desejaram... São uma família, são unidos, e lutam um a favor do outro... Percebemos que mesmo durante os atos de vandalismo ou de roubos, não são individualistas, estão também pensando nos outros, nos "irmãos". O produto do roubo sempre é entregue na mão do líder que verá qual a necessidade de cada um, o que será melhor para todos.
São meninos, são crianças, são órfãos, são aqueles que ninguém quis...E logo essas crianças, deixam de ser crianças, mesmo ainda sendo crianças... Confuso? Não!!! Triste e vergonhoso!!! Ainda mais porque estão aí, são capitães da areia, do asfalto...
O líder do grupo é Pedro Bala, filho de grevistas, me arrisco a dizer que é o personagem comunista do grupo, traço marcante, pelo menos até aqui dos livros de Jorge Amado.
Teremos o Professor, que ganha esse apelido, pois é, o único que sabe ler, é ele o responsável de ler o jornal e outras histórias para a turma. O Gato, que pelo apelido, podemos imaginar ser um dos meninos mais bonitos do grupo... Sem pernas, um garoto com deficiência, que será usado pelos amigos para pedir esmolas e distrair os passantes.. Dora a única menina no grupo responsável por uma drástica mudança na vida dos capitães. Ainda teremos outros capitães, e você, minha querida amiga/amigo fique a vontade para escolhe o seu preferido...
Em Capitães de Areia, Jorge Amado, mais uma vez, faz uma denuncia social, fala sobre dogmas religiosos, mostra a diferença gritante entre ricos e pobres...
Lembrando que essa leitura faz parte do projeto Lendo Jorge Amado em Ordem Cronológica em parceria com o blog Literall
E você, Tá Lendo?
Menina, que resenha maravilhosa! E que blog lindo! Minha filha está lendo esse maravilhoso clássico da literatura brasileira! Ganhou de uma amiga o livro em capa dura, numa versão bem mais antiga de um sebo, acredita?! Está adorando também! Aliás, difícil não se encantar com as obras de Jorge Amado, não é verdade? Te convido a conhecer e seguir meu cantinho, se achegar a bons conteúdos e xícaras de café no http://www.cafecomleitura.com/. Parabéns por tanta riqueza nos conteúdos aqui apresentados!
ResponderExcluirObrigada pelo carinho!
ExcluirEspero que sua filha esteja apreciando a leitura...
Já conheço o seu cantinho e adoro um bom café...
Abraços
Adoro Jorge Amado e já li e reli Capitães da Areia diversas vezes, tamanho foi o impacto da obra em minha mente. É incrível constatar que mesmo depois de tanto tempo a situação dos meninos de rua continua a mesma, se mudou foi pra pior.
ResponderExcluirRealmente Patricia a situação está caótica...
ExcluirAbraços
Lembro que li esse livro há muitos anos atrás, na época do vestibular. Por ser uma leitura quase que "forçada" não absorvi muita coisa e não lembro quase nada da história. Seu post foi um convite a reler está obra e realmente aproveitar a história. Obs: fiquei chocada de saber que os livros foram queimados na época da ditadura. Infelizmente não me surpreende mais ainda assim me choca.
ResponderExcluirOi Juliana, faça a releitura tenho certeza que descobrirá uma outra história... Infelizmente Jorge Amado teve vários livros queimados...
ExcluirAbraços
Eu li esse livro já faz algum tempo, foi na fase Jorge Amado. Li quando todos. Gosto do estilo do autor, de focar na cultura regional de sua realidade. Aprendi muito com ele no quesito escrita e trato do personagem.
ResponderExcluirEle descreve com perfeição o que levou cada um deles a entrar no grupo e nos expõe a humanidade de cada um deles. Não nos permitindo julgar ou condenar os atos dos personagens. Adorei isso.
Adorei relembrar esse livro.
bacio
Sim, Jorge Amado não mascara a realidade, mas, mesmo assim consegue ser poético...
ExcluirAbraços
Oi querida
ResponderExcluirConfesso que não li quase nada do Jorge Amado e quero corrigir isso logo. Em compensação, li todos os livros da Zelia Gattai, sua esposa. Amei!!
Este ja está na minha lista
Vou passar la no blog parceiro, adorei este projeto.
Bjks mil
Oi Clau, ou não li nada da Zelia, acredita?
ExcluirAbraços
Eu deveria ter lido esse livro no ensino médio, mas fiquei tão traumatizada com os clássicos nacionais lidos que nem dei atenção, empurrei com a barriga. Agora, confesso, não seria um livro que pegaria para ler por estar imensamente animada, mesmo já tendo visto várias resenhas positivas. Um dia, não hoje nem amanhã, eu vou ler muito clássicos nacionais haha :p Adorei a resenha!
ResponderExcluirTemos clássicos maravilhosos...
ExcluirTente um por mês...
Abraços